terça-feira, 12 de abril de 2011

Monstros do Esconderijo - "O Massacre de Realengo"

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Um jovem em sua solidão, mergulhado em dores e desafetos, após dias de planejamento escolhe retornar a um ambiente do passado, onde sofreu para fazer outros sofrerem, estes inocentes, vítimas dos monstros que habitavam em seu esconderijo. "Onde estava Deus?" talvez perguntamos, mas não é correto, talvez, o questionamento ideal seria "Onde nós estamos?", assim como Deus, um dia, questionou a Adão. Não era uma pergunta geográfica, mas um convite a uma introspecção (olhar para dentro).

O massacre em Realengo, nunca mais será esquecido. Todos nós fomos marcados por aquelas balas, por todas as mortes e acima disso, pela vida de Wellington Menezes de Oliveira. Sempre procuramos o(s) culpado(s) de tantas mortes assim, talvez a falta de um porteiro, ou de uma porta com detector de metal, a verdade é que o rapaz mencionado teve liberdade para agir, andou na escola, conversou com uma professora e vestido de "militante" entrou em uma sala e teve tempo apenas de dizer: "Vim dar uma palestra" e então iniciou o seu discurso estarrecedor. A culpa está espalhada em todos nós, nenhum de nós o conhecíamos, muitos de nós ja o viram pelo o menos uma vez na rua, poucos disseram a ele sequer um "Bom Dia...", quase ninguem, esteve disposto a navegar em Wellington. 

Quantos mais estão espalhados por ai? Quantos jovens, como esse, talvez agora se sentiram mais motivados a fazer o mesmo? Tomara Deus que seja o único massacre desse nível que ocorreu, embora não acredito. As crianças mortas nos disseram que temos que viver intensamente, afinal, poderia ser qualquer um de nós no lugar delas. O assassino nos diz que a  vida precisa se compartilhada, que precisamos uns dos outros, que se isolar de tal forma pode ter como consequências a morte individual e coletiva. 

Ao contrário do que Jabor disse no dia 07/04, no Jornal da Noite, Deus não está ausente. Entenderemos mais com o vídeo abaixo.


 

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